Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa é um dos mais de 40 chefes de Estado ou de Governo que vão estar na próxima semana em Jerusalém para participar no V Fórum Mundial sobre o Holocausto, que assinala o 75º aniversário da libertação dos campos de Auschwitz-Birkenau.

Mas, ao contrário de muitos dos seus pares, é provável que Marcelo regresse a Jerusalém ainda no primeiro semestre deste ano, para participar na inauguração da Praça Aristides Sousa Mendes — o diplomata português que emitiu vistos que salvaram milhares de refugiados do Holocausto nazi, ignorando instruções do Governo de Salazar, e que teve grandes dificuldades financeiras nos últimos anos de vida.

“Deixo desde já um convite para o Presidente de Portugal se deslocar a Jerusalém para assistir à inauguração do grand point Aristides Sousa Mendes”, disse o embaixador de Israel em Lisboa, Raphael Gamzou, ao jornal Expresso.

O embaixador chegou a acreditar que seria possível fazer uma inauguração simbólica da Praça Aristides Sousa Mendes durante a deslocação de Marcelo Rebelo de Sousa a Jerusalém na próxima semana: “Propus que o Presidente de Portugal participasse numa cerimónia em que lhe seria oferecida uma réplica da placa” que irá ser colocada na Praça Aristides Sousa Mendes e que ficará nas imediações do Yad Vashem — Centro de Memória do Holocausto.