Jacarandás e hipocrisia política: Um ataque injustificado a Carlos Moedas

Lisboa vive um momento de transformação. A cidade precisa de evolução, modernização e melhorias estruturais para garantir mobilidade, organização e qualidade de vida aos seus habitantes. No entanto, qualquer tentativa de mudança encontra sempre resistência, mesmo quando os benefícios são evidentes. O mais recente exemplo dessa hipocrisia coletiva manifesta-se na polémica dos jacarandás, que serviu de bandeira para a oposição atacar a gestão de Carlos Moedas.
É legítimo que os lisboetas tenham uma ligação emocional às suas árvores e ao seu património natural, mas quando essa emoção se transforma numa arma política para travar o progresso da cidade, é preciso colocar os factos em cima da mesa e desmontar a demagogia que se instalou. Afinal, estamos a falar de um plano que não só repõe as árvores removidas como prevê o plantio de mais de 200 novos jacarandás. Então, qual é realmente o problema?
A ilusão do progresso sem obras
A polémica dos jacarandás expõe uma contradição clara: os cidadãos querem uma cidade mais moderna, eficiente e organizada, mas sem que nada seja alterado. Exigem melhores infraestruturas, mas não toleram as obras necessárias para as implementar. Querem Lisboa preparada para os desafios do futuro, mas insurgem-se contra qualquer intervenção que modifique a paisagem atual, mesmo que temporariamente.
Esta resistência ao progresso não é nova, mas ganha força sempre que há eleições à vista. E é precisamente isso que está a acontecer agora. Com as eleições autárquicas a poucos meses de distância, qualquer ação da Câmara Municipal de Lisboa torna-se um alvo de críticas. E se essa ação mexer com algo visualmente impactante, como árvores em plena floração, a indignação multiplica-se, ainda que sem fundamento real.
A verdade é que a remoção de algumas árvores faz parte de um projeto de requalificação urbana necessário. Lisboa precisa de mobilidade melhorada, passeios acessíveis e espaços públicos mais bem planeados. Ninguém planta um prédio ou alarga uma avenida sem mexer naquilo que está no caminho. O mais importante é garantir que há uma compensação ecológica adequada – e neste caso, há. Moedas não está a destruir os jacarandás de Lisboa, está a garantir que a cidade pode crescer sem os perder.
Aproveitamento político: quando as árvores dão votos
Se houvesse um prémio para o oportunismo político do ano, a polémica dos jacarandás seria um forte candidato. Partidos que pouco ou nada fazem por Lisboa durante os seus mandatos agora surgem como os defensores apaixonados do património natural da cidade, tentando transformar um processo técnico e necessário num escândalo ambiental.
O PAN, por exemplo, que tem vindo a perder relevância no panorama político, viu nesta questão uma oportunidade para “reflorescer”. Sabem que dificilmente conseguem captar atenção por mérito próprio, por isso, apostam no sentimentalismo e na desinformação para se colocarem no centro do debate. Mas não são os únicos. Toda a oposição aproveitou esta narrativa para atacar Carlos Moedas, não porque se preocupem genuinamente com as árvores, mas porque precisam de encontrar qualquer fragilidade na sua gestão para capitalizar eleitoralmente.
Esta hipocrisia torna-se ainda mais gritante quando lembramos que muitas das obras necessárias para melhorar a cidade foram negligenciadas por anteriores administrações. Hoje, Moedas é obrigado a resolver problemas que se arrastam há anos, mas vê a sua imagem atacada por fazer exatamente aquilo que precisa de ser feito: governar com visão de futuro.
Carlos Moedas: um líder pragmático contra a resistência ao progresso
Desde que assumiu a presidência da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas tem demonstrado uma abordagem pragmática e determinada. Herdou uma cidade cheia de desafios, desde a falta de habitação acessível até problemas crónicos de mobilidade, e tem procurado implementar soluções reais para esses problemas. No entanto, qualquer tentativa de mudança esbarra na resistência de uma oposição que prefere a paralisia ao progresso, simplesmente porque isso lhes dá votos.
A sua postura neste caso dos jacarandás é exemplar: não cede à demagogia nem ao alarmismo infundado. Em vez disso, apresenta soluções concretas, garantindo que a cidade se moderniza sem perder o seu património natural. Os jacarandás que foram removidos serão transplantados, e novos serão plantados – um equilíbrio sensato entre desenvolvimento e preservação.
O que muitos dos seus opositores parecem esquecer é que Lisboa não pode ser gerida com base no medo da reação pública. Um verdadeiro líder não governa para agradar a todos num determinado momento, mas sim para garantir que as gerações futuras tenham uma cidade melhor. E é exatamente isso que Moedas está a fazer.
O progresso exige coragem, não populismo
A polémica dos jacarandás em Lisboa não passa de um pretexto para atacar Carlos Moedas numa altura estratégica. A cidade precisa de obras, de requalificação e de planeamento inteligente, mas há quem prefira manter tudo como está apenas para evitar polémicas passageiras. No entanto, o verdadeiro desenvolvimento exige coragem para tomar decisões difíceis, mesmo quando elas são impopulares no curto prazo.
Carlos Moedas está a fazer aquilo que um bom presidente deve fazer: agir com visão, sem ceder a pressões irracionais. Lisboa não pode ficar refém de um sentimentalismo mal informado nem do oportunismo político de quem só aparece quando há eleições à vista. A cidade merece progresso, e progresso significa mudança.
Que fique claro: ninguém está a destruir Lisboa. Pelo contrário, está-se a prepará-la para o futuro. E isso exige líderes que pensem a longo prazo, não políticos que se escondem atrás de jacarandás para ganhar votos.
António Ricardo Miranda