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Irmã portuguesa na Síria pede “ajuda para quem tem fome”

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A irmã Maria Lúcia Ferreira (conhecida como Myri), religiosa portuguesa das Monjas de Unidade de Antioquia, na Síria, apelou à solidariedade para continuarem a apoiar “muita gente em situação precária” por causa da guerra que chegou ao Líbano.

“Toda a ajuda é bem-vinda, é urgente. A ajuda tem sido pouca até agora, há outros focos de guerra que tiram mais a atenção”, explicou a consagrada que vive na Síria desde 2008, num mosteiro perto da fronteira com o Líbano, numa mensagem enviada à Agência ECCLESIA.

A irmã Maria Lúcia Ferreira salienta que a “guerra atualmente no Líbano” deixa “muita gente em situação precária”, por isso, o apelo à solidariedade das Monjas de Unidade de Antioquia, do Mosteiro de São Tiago Mutilado, na vila de Qara.

A Associação ‘Filho do Homem’, da congregação religiosa no Líbano, “está a ajudar as vítimas e refugiados da guerra” nesse país, mas alertam que “o impacto devastador do conflito – destruição, perda de vidas e comunidades despedaçadas – exige medidas urgentes”.

As Monjas de Unidade de Antioquia explicam que com organizações parceiras estão a “coordenar o fornecimento de alimentos, roupas, remédios e outros produtos  essenciais”, abriram uma cozinha que “faz 200 doses de comida quente por dia”, para além de terem uma equipa síria que “tem estado junto à fronteira para dar apoio aos refugiados que conseguem passar”.

“Com a nossa experiência em missões de resposta rápida na Síria e na Palestina, procuramos agora o seu apoio vital para ajudar o Líbano”, acrescentam.

A Associação ‘Filho do Homem’ tem uma página na internet, que as religiosas convidam a visitar, onde se pode fazer donativos para “apoiar as vítimas da guerra no Líbano”.

Maria Lúcia Ferreira, a irmã Myri, vive no Mosteiro de São Tiago, o Mutilado, [Monastery of Saint James the Persian– Mar Yakub em árabe], um mosteiro greco-católico melquita do século VI, na vila de Qara, na Síria, perto da fronteira com o Líbano, a 97 quilómetros norte de Damasco, e 15 quilómetros leste de Al-Nabek.

A 7 de outubro de 2023, o grupo islamista palestiniano Hamas promoveu uma série de ataques contra Israel, matando 1200 pessoas e sequestrando 251, das quais cerca de 100 permanecem reféns.

Em resposta, o exército israelita lançou uma ofensiva militar contra a Faixa de Gaza, que provocou 41 900 mortos; nas últimas semanas, a guerra alastrou até ao Líbano, visando o grupo xiita Hezbollah, aliado do Irão.

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