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Igreja Católica tem novos santos

© Lusa

O Papa proclamou domingo como santos o francês Carlos de Foucauld, dois mártires e sete fundadores e fundadoras de Institutos de Vida Consagrada, numa Missa que marcou o regresso destas celebrações ao Vaticano, após as restrições da pandemia.

Na sua homilia, Francisco destacou que “a santidade não se faz de alguns gestos heroicos, mas de muito amor diário”.

“Às vezes, insistindo muito sobre o nosso esforço para praticar boas obras, criamos um ideal de santidade demasiado fundado em nós mesmos, no heroísmo pessoal, na capacidade de renúncia, nos sacrifícios feitos para se conquistar um prémio. Deste modo fizemos da santidade uma meta inacessível, separamo-la da vida de todos os dias, em vez de a procurar e abraçar na existência quotidiana, no pó da estrada, nas aflições da vida concreta e – como dizia Santa Teresa de Ávila às suas irmãs – «entre as panelas da cozinha»”.

O Papa afirmou aos presentes que “ser discípulo de Jesus e caminhar pela via da santidade é, antes de mais nada, deixar-se transfigurar pela força do amor de Deus”.

“Enquanto o mundo quer muitas vezes convencer-nos de que só temos valor se produzirmos resultados, o Evangelho lembra-nos a verdade da vida: somos amados. Este é o nosso valor”, apontou.

Francisco afirmou que a vida cristã é “simples” e passa por “servir e dar a vida”.

“Servir, isto é, não colocar os próprios interesses em primeiro lugar; desintoxicar-se dos venenos da ganância e da preeminência; combater o cancro da indiferença e o caruncho da autorreferencialidade, partilhar os carismas e os dons que Deus nos concedeu”, precisou.

O Papa sublinhou que dar a vida é mais do que “oferecer aos outros qualquer coisa”, afirmando a importância de “olhar e tocar” a pessoa que se ajuda.

A homilia citou a exortação ‘Gaudete et Exsultate’ (Alegrai-vos e exultai), sobre a santidade, para deixar conselhos concretos aos católicos, nas suas várias situações de vida.

“És um trabalhador? Sê santo, cumprindo com honestidade e competência o teu trabalho ao serviço dos irmãos, lutando pela justiça dos teus companheiros, para que não fiquem sem trabalho e tenham sempre o salário justo”, recomendou o pontífice.

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