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Holodomor: o holocausto ucraniano esquecido

Publico, de novo, este artigo que difundi a 2 de março de 2019 para recordar o martírio do povo ucraniano. Ontem como hoje os interesses disputados na Ucrânia são de caracter económico e geoestratégico e não uma simples guerra entre Rússia e Ucrânia, como se quer fazer crer.

“Os Comunistas comem Criancinhas?”

A expressão “Comunistas comem criancinhas” (1) deve-se ao facto das políticas criminosas comunistas de Lenine e de Estaline terem, (com a sua reforma agrária e fomento da industrialização), provocado em alturas diferentes (1919-1921) e (1932-1933) fomes que originaram muitos milhões de ucranianos mortos e levaram as pessoas a comer carne de cadáveres humanos e em especial carne de crianças. Mussolini usou-se do facto para fazer propaganda contra os comunistas. De facto, não eram os comunistas, mas a política comunista que conduzia à “fome genocida”.

Lenine (2), a partir de 1919, iniciou uma política de confisco de terras, animais e cereais dos camponeses, que gradualmente levaria a uma crise de fome em massa na população. No desespero, famílias para matar a fome, cozinhavam pernas e braços dos cadáveres; chegavam a alimentar-se dos próprios parentes, com frequência, bebés, menos resistentes à fome e às doenças e cuja carne era mais tenra e como tal preferida. O historiador Orlando Figes descreve tais situações no seu livro “A Tragédia de um Povo” onde avalia as consequências da Revolução Russa para o povo da ex-União Soviética…

O holocausto da fome (3) de 1932-33 (“Holodomor”) provocado por Estaline também ele obrigou as pessoas na Ucrânia a tornarem-se canibais; a fome era tanta que depois de terem comido cães e gatos muitos passaram a ter de comer carne humana; Devido à fome provocada pelo plano de Estaline, milhões morriam e os cadáveres eram transportados às pilhas em carros (até 7 milhões de mortos). Também na revolução cultural da China entre 1958 e 1961 houve cerca de 30 milhões de mortos à fome e também se relata ter havido canibalismo.

Até hoje o horror do “holocausto da fome” tem sido silenciado, não entrando na consciência do povo europeu. O historiador Kun relata que “o Holodomor (holocausto da fome) tem sido mantido em silêncio, enquanto a perseguição de judeus sob o domínio nazista é conhecida em todo o mundo, muito poucas pessoas sabem disso” …

Um fenómeno que observo (e para que não encontro explicação suficiente) é o facto de constatar um trato semelhante usado em relação ao islamismo onde o pensar politicamente correcto procura ignorar as suas obras para assim compreendê-lo e deste modo aceitá-lo. Os meios de comunicação social deveriam, por honestidade e amor à causa, tratar os factos com os mesmos critérios, não os deixando apenas ao sabor de maiores ou menores boas vontades, interesses ou influências.

Quanto ao nazismo e ao marxismo é óbvio lembrar-se na opinião pública o terror nazi, mas constitui hipocrisia e silenciamento da História não se tratar de igual modo o terror comunista marxista como se trata o nazista. Os holocaustos aos judeus, aos ucranianos e aos arménios são genocídios contra a humanidade independentemente da nação, raça ou ideologia. Tudo isto mostra a fragilidade humana independentemente dos sistemas; a praga maior será a de uma ideologia materialista que não conceda ao Homem o estatuto da sua dignidade humana soberana. É indigno e desumano um Estado, uma ideologia ou um sistema que usurpe ou abuse da soberania da dignidade humana de uma pessoa.

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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