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Grande Rota das Montanhas Mágicas recebe a corrida mais longa

© DR

A mais longa corrida em trilhos de Portugal arranca esta quinta-feira em Cinfães, seguindo a Grande Rota das Montanhas Mágicas (GR60), extravasando-a até, para completar 320 quilómetros até ao local da partida.

A prova de ultra ‘endurance’ supera as já longas Terra de Gigantes, da Serra da Estrela à Nazaré, a Algarviana Ultra Trail (ALUT), de aproximadamente 300 quilómetros, entre Sagres e Alcoutim, e a PT 281+, de Belmonte a Proença-a-Nova, e vai ser disputada por 20 participantes, escolhidos entre 50 candidatos.

“A nossa empresa tem como referência os 100 [chama-se One Hundred], com corridas de 100 quilómetros, 100 milhas ou 200 milhas, sendo esta a primeira desta distância. É uma prova mais restrita, porque requer disponibilidade, começa esta quinta-feira, mas tiveram de vir, pelo menos ontem [na quarta-feira], e obriga a vários dias sem trabalhar”, afirmou à agência Lusa Tiago Aragão, da organização da Joe Nimble Douro e Vouga.

Cinfães vai ser esta quinta-feira o local da partida, às 12h00, no Centro Interpretativo do Vale do Bestança, para as 200 milhas de um percurso maioritariamente integrado no Geoparque de Arouca, mas percorrendo outros seis concelhos, casos de Arouca, Castelo de Paiva, Castro Daire, São Pedro do Sul, Sever do Vouga e Vale de Cambra, que culminará também em território cinfanense.

“Já temos organizado provas desde o período da pandemia e, apesar de a empresa ter sido fundada em Londres, como sou natural desta região, escolhi esta zona da Grande Rota das Montanhas Mágicas, que tem sido mais explorada pelo BTT, porque acho que faz sentido fazer esta travessia completa deste percurso circular, que não tem 200 milhas, mas fazemos um pequeno desvio em São Pedro do Sul e fazemos os restantes quilómetros numa ecovia”, detalhou Tiago Aragão.

Com as inscrições e os prémios monetários – o vencedor arrecada 1.000 euros – assegurados pelos patrocinadores, a corrida, que vai decorrer até domingo, segue o estilo norte-americano de autossubsistência, tendo, cada atleta ou equipa, porque há equipas de duplas, de ter um carro de apoio, com diverso material aconselhado e obrigatório.

“Nós não vamos ter abastecimentos fixos. Em cada manhã, vamos fornecer kits com alimentação, mas cada carro é que vai gerir a alimentação e o descanso de cada atleta, nos pontos disponibilizados aos atletas. Não há bases de vida, mas temos uma equipa de segurança que vai acompanhar a prova ao longo de todo o trajeto”, assegurou o organizador.

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