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Fuzileiros portugueses em missão da NATO na Lituânia

Uma força constituída por 140 fuzileiros da Marinha portuguesa parte no dia 15 de maio para a Lituânia para integrar uma missão que o ministro da Defesa considerou demonstrar o “empenho e solidariedade” para com os aliados da NATO.

Os militares portugueses vão ficar sediados em Klaipeda, principal cidade portuária da Lituânia, e participarão, em conjunto com as forças lituanas e de vários países membros da NATO, nas “medidas de tranquilização” decididas pela Aliança Atlântica após a intervenção militar da Rússia em território ucraniano.

“Em primeiro lugar somos membros fundadores da NATO e estamos totalmente empenhados com a organização. Em segundo lugar, lá onde tivermos essa hipótese e essa vontade, nós mostraremos sempre o nosso empenho e a nossa solidariedade”, afirmou Azeredo Lopes, em declarações aos jornalistas, após a cerimónia da entrega do estandarte nacional à força militar portuguesa.

Azeredo Lopes destacou o facto de ser a primeira vez que o corpo de fuzileiros, uma tropa de elite, ser empregue pela primeira vez num teatro europeu, considerando que é uma força “demasiado competente para, havendo hipótese disso, não ser empenhada”.

“É esse passo que hoje aqui se representa simbolicamente. É um primeiro passo que significa que, de 15 de maio a 15 de setembro, a força estará projetada num teatro de operações exigente e não vejo melhor oportunidade do que dar de novo oportunidades de empenhamento ao corpo de fuzileiros”, sublinhou.

O empenhamento daquela força de elite na missão da NATO na Lituânia concretiza o objetivo de “transpor para o plano operacional” capacidades e competências que, “a não serem utilizadas representam algo que desmotiva quem as tem” e “um desperdício de competências e de capacidades”.

Azeredo referiu que espera, no futuro, que aquele corpo de elite venha a assumir “uma série longa de novos desafios” a começar pela missão na Lituânia onde os militares irão assumir “uma nova tarefa de qualificação, treino e formação” num contexto “onde está o coração de muitas questões atuais” relacionadas com a Defesa comum.

“Eu acredito que a nossa defesa e segurança só podem ser cooperativas e construir-se na relação com os nossos aliados e com os nossos amigos”, sublinhou.

Em declarações aos jornalistas, o comandante da Força Nacional Destacada, comandante Esquetim Marques, afirmou que os militares portugueses farão exercícios e ações de treino conjuntas com as forças lituanas e de países da NATO num teatro de operações “exigente e complexo”.

“Adaptamo-nos e estamos prontos, não do mar para a terra, como é a nossa matriz de identidade, mas por outros meios e com outros recursos”, disse.

Um primeiro grupo avançado de militares parte no dia 5 de maio e, no dia 6, seguem por via marítima 36 viaturas militares que chegarão ao destino no dia 16 de maio. O grosso da Força Nacional Destacada parte no dia 15 de maio do aeroporto militar de Figo Maduro.

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