De que está à procura ?

Lifestyle

Filme suíço conquista festival Queer Porto

A longa-metragem “Madame”, uma produção suíça realizada por Stéphane Reithauser, venceu a competição oficial do Queer Porto e conquistou o Prémio do Público, anunciou o júri, na festa de encerramento do festival, no Teatro Rivoli.

O prémio de curta-metragem da competição In My Shorts, que distingue projetos em início de carreira, foi para “Em Caso de Fogo”, de Tomás Paula Marques.

“Madame” merece o prémio principal do festival, por “mergulhar e reconstruir memórias através de um arquivo de imagens de família”, demonstrando que tal ato pode ser “um exercício de compreensão e redenção”, considerou o júri, constituído por Adriano Baía Nazareth, realizador na RTP, a cantora e escritora de canções Ana Deus, o artista plástico Nuno Ramalho e a curadora Susana Chiocca.

“Nesta obra, percebemos que muitas vezes não estamos sozinhos na nossa ‘estranheza’, seja ela de género ou de outro género qualquer. Este filme tem o mérito de o fazer especialmente bem, incluindo plenamente o espectador nessa dinâmica”, conclui o júri desta 5.ª edição do Queer Porto – Festival Internacional de Cinema Queer.

O prémio da competição oficial tem o valor de 3.000, atribuído pela RTP2, que adquire os direitos de exibição do filme.

O júri decidiu ainda atribuir uma Menção Especial ao documentário norte-americano “Yours in Sisterhood”, de Irene Lusztig, “uma obra que afirma a multiplicidade e a urgência do feminismo na atualidade, articulando questões de género, tensões raciais ou preocupações ecológicas, de forma especialmente bem conseguida”.

“Em Caso de Fogo”, de Tomás Paula Marques, “uma narrativa centrada na adolescência passada num ambiente rural”, venceu o prémio de curta-metragem, na competição Im My Shorts.

O júri destacou em particular a montagem da obra, através da qual “são criadas importantes tensões no discurso fílmico”.

Tomás Paula Marques recebe um prémio de 400 euros, em equipamento audiovisual.

Em 2016, o realizador dirigira a curta-metragem “Sem Armas”, que foi selecionada para os festivais IndieLisboa, Caminhos do Cinema Português, Shortcutz Ovar, para a Mostra de Cinema Português em Macau, e para o festival de Brest, em França.

O Queer Porto encerra no domingo com a projeção de “Gay USA” e “Buddies”, dois filmes de Arthur J. Bressan Jr., que “se tornaram artefactos essenciais para o conhecimento e compreensão das vivências ‘gay’ e da cultura queer” nos Estados Unidos, lê-se no comunicado do festival.

Os dois filmes fecham igualmente o ciclo com que o festival assinalou, desde a passada quarta-feira, os 50 anos dos motins de Stonewall, em Nova Iorque, enquadrando-os como marco na emergência dos “modernos movimentos de luta LGBTI+”.

Os chamados motins de Stonewall tiveram origem em manifestações espontâneas, que foram crescendo em dimensão, em resposta à invasão policial do bar Stonewall, em Greenwich Village, na madrugada de 28 de junho de 1969.

Os factos foram também evocados no 23.º festival Queer Lisboa, que decorreu de 20 a 28 de setembro.

 

TÓPICOS

Siga-nos e receba as notícias do BOM DIA