De que está à procura ?

Colunistas

Famílias: até que o conflito nos una

Uma família, a meu ver, é um grupo de pessoas que se organiza em torno de denominantes e metas comuns, sejam o amor, estabilidade, união, pertença, ou mesmo sobrevivência. No fundo, a ideia de núcleo duro que possa estar presente em todos os excelentes, bons, maus ou mesmo péssimos momentos.

Assim até parece bonito, certo? Mas e quando não é sentido assim por um ou mais elementos da família? Quais são as reflexões que devemos ter em conta quando há mal-estar ou desgaste?

Primeiro, sugeria que pensássemos, sem pudores, no que torna um grupo de pessoas num grupo a que quero chamar de família. É o facto (aleatório) de descendência/ ligação sanguínea? É o querer estar com estas pessoas por valores, metas e problemas comuns? É o acaso? É tudo isto?

Pois bem, o que origina uma família pode ser tudo isto e mais umas centenas de hipóteses que não enumerei ou não conheço. Conheço, no entanto, uma regra transversal para o bem-estar em todas as famílias: a comunicação (assertiva).

Usar a comunicação, quase como construir pontes de coração em coração, permite que se possa mostrar ao outro o modo como vejo o mundo e tornar a minha realidade visível e palpável aos olhos do(s) outro(s). Agora imagine que se faz isto reciprocamente. Já viu as vantagens de se ser e sentir compreendido?

A minha proposta, na essência, é que usemos o “monstro” do conflito e da divergência de uma forma funcional que permita o crescimento. O conflito, que é natural em tudo, onde não escapamos nós nem a nossa família, pode ser um momento primordial para nos descobrirmos e sabermos um pouco mais sobre nós próprios: o que gostamos, o que não gostamos e o que queremos para ser felizes.

Se quer mais espaço/ mais proximidade, mais abraços/ menos abraços, mais frontalidade/ menos frontalidade, diga. Diga-o, não para se sentir superior perante a outra pessoa, mas para que possam encontrar os pontos comuns e construir harmonia. É um bom ponto de partida para reduzir significativamente o desgaste.

Imagine a diferença que pode fazer, agora mesmo.

 

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

TÓPICOS

Siga-nos e receba as notícias do BOM DIA