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Euforia na chegada de Costa a Luanda

© Lusa

O primeiro-ministro António Costa foi esta terça-feira recebido em festa por parte dos cerca de dois mil alunos da Escola Portuguesa de Luanda.

No último ponto da sua visita oficial de dois dias a Angola, António Costa – acompanhado pelos ministros Fernando Medina, António Costa Silva, João Gomes Cravinho e Maria do Céu Antunes – esteve mais de uma hora na Escola Portuguesa de Luanda, sempre rodeado por dezenas de estudantes eufóricos com aquele programa fora da habitual rotina.

O primeiro-ministro, com o diretor da escola ao seu lado, teve conversas animadas com alguns deles (crianças ou adolescentes) e entrou em várias salas de aula. Numa dessas salas de aula, com alunos de sete e oito anos, o professor começou por perguntar quem conhecia António Costa. Quase todos levantaram o braço.

Uma das meninas, a Carolina, decidiu fazer uma pergunta ao primeiro-ministro: “Conhece Marcelo Rebelo de Sousa? Sou fã dele”.

“Conheço sim. Quer algum recado para ele? Vou estar esta tarde com ele. Vou tirar-te uma fotografia”, respondeu imediatamente o líder do executivo português, pegando em seguida no seu telemóvel para a fotografar. Hoje, a meio da tarde, António Costa parte de Luanda para a África do Sul, onde, na quarta-feira, se junta ao Presidente da República para comemorar o Dia de Portugal em Joanesburgo e Pretória.

Os alunos quiseram saber várias coisas de António Costa. Um rapaz perguntou-lhe se estava a ler algum livro.

”Estou a ler um livro intitulado Independência, de Javier Cercas, um escritor espanhol”, esclareceu. Escutou também um rapaz de sete anos defender a seguinte definição sobre as relações entre Portugal e Angola: “Afastados na distância mas próximos no coração”.

António Costa gostou e, para testemunhar essa proximidade entre os dois povos, pediu ao seu ministro da Economia para falar aos alunos. “Nasci no centro de Angola, na província do Bié”, contou António Costa Silva.

Antes, o chefe do Governo português foi confrontado com um pedido do presidente da comissão executiva da escola, Eduardo Fernandes, que disse que gostaria de apostar no ensino especial, visando reforçar as respostas às necessidades de inclusão.

No seu breve discurso, durante a parte mais institucional desta visita, António Costa disse que, com o investimento que está a ser realizado, ao longo da legislatura, “será praticamente duplicado o número de escolas portuguesas no estrangeiro, o que significa um avanço muito importante num domínio fundamental da cooperação”.

O primeiro-ministro revelou também que, na segunda-feira, teve a informação de que o Presidente de Angola, João Lourenço, “tomou a decisão política” no sentido da integração da escola do Lubango na Escola Portuguesa de Luanda a partir do próximo ano letivo.

No primeiro ponto do programa, o primeiro-ministro visitou as instalações do Caixa Angola, entidade em que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) detém 51% e que este ano completa três décadas de atividade no mercado angolano.

Na parte aberta à imprensa, o administrador executivo da CGD Francisco Santos referiu que o banco público nacional está presente em 19 países, dos cinco em África: Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e África do Sul.

Com o ministro das Finanças, Fernando Medina a assistir à apresentação, Francisco Santos salientou que o Caixa Angola tem 27 agências, está presente em nove províncias e possui 514 colaboradores.

“Somos um banco de média dimensão, mas estamos no topo das preferências do cliente angolano”, sustentou, antes da intervenção do presidente da CGD, Paulo Macedo, feita sem a presença dos jornalistas.

No que respeita à evolução macroeconómica de Angola, foi elogiada a progressiva redução da dívida pública, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos três anos. Em 2023, estima-se um crescimento acima dos 3%.

Apesar de se registar uma diminuição na produção petrolífera angolana, em consequência da conjuntura externa a receita deverá manter-se. A este propósito, foram assinalados um aumento da receita fiscal em 76% e uma redução da inflação para pouco mais de 10%.

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