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Douro ultrapassa fronteiras para ser cidade europeia do vinho

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A candidatura “Douro All Around Wine”, apresentada à Cidade Europeia do Vinho 2023, une os 19 municípios durienses e quer projetar a região, os vinhos e o enoturismo.

“É uma candidatura supramunicipal e que, a ser contemplada, será transversal a todo o território”, afirmou esta quarta-feira à agência Lusa o presidente da Câmara do Peso da Régua, José Manuel Gonçalves.

Em 2023 a Cidade Europeia do Vinho será portuguesa e foram apresentadas três candidaturas a esta distinção promovida pela Rede Europeia das Cidades do Vinho (RECEVIN).

José Manuel Gonçalves disse que a “Douro All Around Wine” vai ser defendida a 15 de junho no Parlamento Europeu, em Bruxelas, dia em que deverá também ser conhecida a candidatura vencedora.

O autarca explicou que, com esta iniciativa, se pretende “projetar e promover” o Douro, os seus vinhos e o enoturismo.

Quer-se ainda, acrescentou, consolidar “esta rede de cidades do Douro” e “afirmar este território vinhateiro na Europa”.

Quanto às ações a concretizar no âmbito da candidatura, o autarca explicou que se pretende “pegar nas dinâmicas” que atualmente já se realizam e dar-lhes dimensão regional.

Serão ainda promovidos fóruns temáticos que abordarão temas de interessa para a região, como por exemplo as alterações climáticas e os desafios do presente e do futuro para a vinha e os vinhos.

A candidatura é regional, mas resulta também da experiência da Cidade do Vinho 2019, distinção atribuída à Régua naquele ano pela Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV).

A Régua apresentou também candidatura à Cidade Europeia do Vinho 2018, mas o título foi atribuído aos municípios de Torres Vedras e Alenquer, no distrito de Lisboa.

“Já tínhamos um pouco essa experiência e a visão que ganhámos, daquele momento até hoje, é que cada vez mais esta dinâmica, esta visão, tem de ser supramunicipal. Este trabalho tem de ser agregado, a marca Douro terá que ser a marca que nos une a todos e tem de ser o chapéu de todos os eventos que realizamos”, salientou José Manuel Gonçalves.

As vendas de vinhos do Porto e Douro atingiram “valores recorde” de 600 milhões de euros em 2021, representando 403 milhões de euros em exportações e um crescimento de 12,4%,

A CIM Douro compreende os concelhos de Alijó, Armamar, Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta, Lamego, Mesão Frio, Moimenta da Beira, Murça, Penedono, Peso da Régua, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, São João da Pesqueira, Sernancelhe, Tabuaço, Tarouca, Torre de Moncorvo, Vila Nova de Foz Coa e Vila Real.

Para além do Douro, foram ainda apresentadas as candidaturas “Algarve Golden Terroir”, que junta os municípios de Lagoa, Albufeira, Lagos e Silves, e uma outra do Vale do Lima, que agrega os concelhos de Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Ponte de Lima e Viana do Castelo.

O conselho de administração da RECEVIN elegeu Aranda de Duero (Espanha) como Cidade Europeia do Vinho 2020, contudo, devido à situação de pandemia de covid-19, este título foi alargado até 2022.

Este concurso anual foi lançado pela RECEVIN em 2012 e tem como objetivo a promoção turística e a divulgação das regiões europeias produtoras de vinho, tendo um caráter rotativo entre os diversos países que fazem parte da rede.

A RECEVIN conta com o apoio das associações nacionais de vinhos presentes na maioria dos 11 países membros da rede – Alemanha, Áustria, Bulgária, Eslovénia, Espanha, França, Grécia, Hungria, Itália, Portugal e Sérvia.

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