Diogo Costa: o filho de emigrantes na Suíça que vale milhões
O guarda-redes Diogo Costa, cujo contrato com o FC Porto foi renovado esta quinta até 2027, é já um caso sério no futebol internacional, ao atrair as atenções dos ‘tubarões’ do futebol europeu devido às suas exibições na ‘Champions’.
Nascido em Rothrist, na Suíça, filho de emigrantes portugueses, Costa mudou-se para Santo Tirso aos sete anos de idade. Ingressou na academia do FC Porto em 2011, vindo da Casa do Benfica de Póvoa de Lanhoso.
Costa estreou-se na equipa sénior dos dragões a 6 de agosto de 2017, numa derrota caseira por 1–2 frente ao Gil Vicente. Hoje, aos 23 anos, soma já 85 jogos a defender a baliza da equipa principal e é já considerado um dos melhores do mundo na sua posição.
O atual treinador portista, Sérgio Conceição, confiou-lhe a baliza da equipa principal nas duas últimas épocas, uma aposta que encerrava alguns riscos pela sua juventude e por ter relegado para o ‘banco’ um guarda-redes com o valor e a experiência de Agustín Marchesín, internacional pela Argentina, uma das potências do futebol mundial.
A aposta de Sérgio Conceição foi um tiro na ‘mouche’ dada a afirmação meteórica de Diogo Costa, que enriqueceu em tempo recorde o seu currículo com duas Ligas portuguesas, duas Taças de Portugal e um Supertaça.
Na época em curso, Diogo Costa fez história na Liga dos Campeões ao tornar-se no primeiro jogador a defender um penálti e a fazer uma assistência no mesmo jogo, na vitória por 3-0 do FC Porto em Leverkusen, frente ao alemães do Bayer e ao defender três penáltis em três jornadas consecutivas na presente edição da ‘Champions’, o que constitui um recorde absoluto.
“Na história do FC Porto, Diogo Costa é já o guarda-redes com mais penáltis defendidos (5), superando Pinho (4), Barrigana (4), Andrasik (3), Acúrsio (3) e Helton (3). A história de Diogo Costa no FC Porto continuará a ser escrita, pelo menos, até 2027”, refere o clube em comunicado.
A sua estreia na equipa principal do FC Porto aconteceu num jogo da Taça da Liga frente ao Santa Clara, em 25 de setembro de 2019, tinha então 20 anos, e manteve a baliza inviolada, ao não sofrer golos.
A sua afirmação tem sido tão rápida e categórica que o selecionador nacional, Fernando Santos, decidiu apostar nele como titular da seleção nacional, mesmo que isso tenha significado relegar para o ‘banco’ um guarda-redes como Rui Patrício, titular indiscutível da baliza das ‘quinas’ na última década e campeão europeu em 2016.
Neste momento, a pouco mais de duas semanas para o início do Mundial do Qatar, já ninguém se atreve sequer a questionar a titularidade de Diogo Costa no Mundial do Qatar, o que diz bem do impacto que as suas exibições têm tido no panorama do futebol nacional e europeu.