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Suíça

Dez francos suíços para construir uma escola

Quatro portugueses lançaram um projeto na Suíça para construir uma escola primária em Nampula, norte de Moçambique, destinada a 300 crianças, tendo já angariado cerca de 7.000 francos suíços para a construção do estabelecimento escolar, disseram à Lusa.

“Virar a página” é o nome do projeto lançado pelos missionários portugueses da Missão Católica de Língua Portuguesa de Lucerna Jorge Esteves, Armindo Enes, Aloísio Araújo e Júlio Martins, que acompanha o projeto no terreno, em Moçambique.

A iniciativa, destinada à diáspora portuguesa na Suíça, nasceu em 17 de outubro de 2020 – Dia Mundial para as Missões – com o objetivo de angariar fundos para a construção de uma escola primária numa das regiões mais carentes da província de Nampula, no norte de Moçambique.

“Inicialmente, o objetivo era percorrer as várias cidades da Suíça, com uma biblioteca ambulante de livros em língua portuguesa. A ideia era que os lucros da venda desses livros revertessem a favor da causa”, explicou o missionário Jorge Esteves, formado em Teologia, mencionando que a crise sanitária os obrigou a pensar numa nova forma de vender esses livros optando por fazê-lo de forma online, através da página Facebook “Portugueses na Suíça por Moçambique“.

O missionário confessou à agência Lusa que, desde o início do projeto até ao mês de fevereiro deste ano, conseguiram vender cerca de 200 livros através da página Facebook do projeto. Os voluntários desta causa humanitária esperam conseguir alcançar os 30.000 euros necessários à construção do estabelecimento escolar que, durante os fins de semana, também servirá de sala de catequese para os jovens da região.

“Atualmente, as crianças têm aulas no chão”, lamentou o missionário, sustentando que estas causas exigem “muita perseverança, coragem e alguma sensibilidade por estas questões universais”.

O missionário referiu ainda que, ao longo da vida, sempre colaborou com revistas missionárias em vários projetos e que sempre esteve muito atento a estas questões ligadas às necessidades da humanidade.

“Não podemos mudar o mundo, mas podemos mudar o mundo de alguém”, afirmou.

A comunidade portuguesa na Suíça tem respondido de forma positiva a esta iniciativa, tendo mesmo conseguido surpreender os mentores do projeto.

“No Natal recebemos um depósito anónimo de 1.000 euros. Há pessoas muitos solidárias e ficamos muito felizes por isso. Estamos certos de que esta escola será construída”, afirmou Jorge Esteves.

Se o montante necessário à construção da escola for alcançado, o estabelecimento será construído com materiais locais e por empresas da região de forma a estimular a economia local.

“Ajudar está ao alcance de todos, sendo que com 10 francos suíços podemos comprar 40 tijolos”, afirmou o missionário, apelando a todos quantos queiram ajudar a tornar possível a construção desta escola.

 

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