Carta:
“Desespero desta distância-obstáculo. Percorro esse teu corpo sem fim na minha mente. Ai, mente perversa que te seduziu! E acordo aqui, sozinha e pensativa… é hoje! A vida tem destas coisas, tira-nos todos os perfumes para nos dar o mais intenso, mas muito raramente! Até breve, Gaspar, até logo… estarei de novo no meio desse teu perfume, nos teus braços que me pertencem! Da tua Leah, 01.02.19.”
Telegrama:
“Os meus dedos famintos também anseiam por redesenhar o teu corpo, como quem ancora numa praia prometida, esse teu corpo sempre novo, que tem o dom de acordar no meu nas manhãs da nossa luxúria consentida, desejada, assumida, e sofre de combustão espontânea quando apenas o roço, igual a mil fogos a iluminar a noite de breu no princípio do mundo. O teu Gaspar, 01.02.2019.”
01022019BV&JLC
(in “O diário de Leah Forsin”, de Bia Vasconcelos, e “When Gaspar meets Leah”, de Alexandre Gaspar Weytjens, ou “Correspondência reunida de Leah Forsin e A.G. Weytjens).