Cosgrave quer Web Summit em Lisboa “para sempre”
O presidente executivo (CEO) e fundador da Web Summit, Paddy Cosgrave, afirmou esta quarta-feira que a cimeira “combina perfeitamente com Lisboa” e que espera que fique na capital portuguesa “para sempre”.
Paddy Cosgrave falava na conferência de imprensa daquela que é considerada a maior ‘cimeira’ de tecnologias do mundo, no terceiro dia do evento, que termina em 14 de novembro.
Em jeito de balanço, Cosgrave salientou que “nos últimos nove anos Lisboa transformou-se”.
E “a Web Summit, eu diria, desempenhou algum papel nisso. Acho que os ingredientes já estavam lá e, então, é incrível ter sido capaz de desempenhar (…) possivelmente um pequeno papel nisso”, acrescentou.
O contrato fechado com o Estado português prevê a realização da cimeira em Lisboa até 2028.
“No que diz respeito a 2028, quando pensamos em 2024, para mim em termos tecnológicos, 2028 é como se estivéssemos quase no próximo século”, começou por dizer.
No entanto, “a Web Summit combina perfeitamente com Lisboa, e espero que possamos (…) ficar aqui para sempre”, acrescentou.
Questionado sobre o que aprendeu no ano passado, período em que deixou a presidência executiva da Web Summit na sequência de comentários nas redes sociais sobre a atuação de Israel em Gaza após o ataque do Hamas, Cosgrave afirmou: “Deu-me uma grande oportunidade de realmente refletir sobre o que era, em última análise, a Web Summit”.
E “penso que fizemos as mudanças mais consideráveis na Web Summit numa década. Pude falar com muitos amigos que participam há anos, muitos participantes, e perceber realmente a essência do que é a Web Summit, que é ligar pessoas e ideias”, referiu.
Com mais dois eventos – no Qatar e no Rio de Janeiro -, as receitas da Web Summit subiram este ano.
“Aumentámos a receita em quase 30%, um recorde histórico, foi um ano muito rentável”, disse, apontando que fizeram “talvez quatro a cinco milhões em lucro e 10 a 11 milhões em EBITDA [resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações]”, salientou.
Cosgrave adiantou ainda que as ‘big tech’ regressaram este ano ao evento, com exceção da Intel e da Volkswagen.
No que respeita ao recinto em Lisboa, o CEO disse que estão a “utilizar todos os espaços disponíveis”.
Este ano estão a ocupar o espaço exterior com mesas e cadeiras, o que tem funcionado porque o tempo tem estado solarengo.
“Tivemos muita sorte com o tempo em Lisboa. Hoje está um pouco mais frio, mas ainda está sol. Foi absolutamente lindo ontem. E rezaremos para que não chova amanhã (quinta-feira). No que diz respeito ao futuro, estamos sempre dispostos a discussões e conversas”, concluiu.