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Conselho das Comunidades lamenta falta de condições para votar nas presidenciais

Os representantes das comunidades portuguesas temem uma forte abstenção nas presidenciais do próximo fim de semana, lamentando que devido à informação tardia ainda existam portugueses que desconhecem quando e onde podem votar.

A quatro dias do início da votação dos cidadãos portugueses que residem fora de Portugal, que podem fazê-lo no sábado e no domingo, o Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) deixa o alerta: “Não podemos acreditar que os portugueses vão percorrer 500 quilómetros para votar, porque não vão, e ainda mais com as restrições de circulação devido à covid-19”.

O presidente do CCP, Flávio Martins, lamenta que a informação sobre este ato eleitoral tenha chegado “tão tarde”, o que levou a que, ainda hoje, existam muitos portugueses sem qualquer indicação sobre as datas e os locais de voto.

Em declarações à Lusa, disse compreender os “prazos legais”, mas defendeu uma maior divulgação destas informações para os portugueses poderem planear a sua vida e, em alguns casos, as deslocações que têm de fazer.

Cá fora, esta eleição terá cerca de 170 mesas de voto em 150 serviços consulares, um aumento de perto de 30% relativamente ao número de mesas de voto constituídas em 2016 (121), mas ainda assim insuficiente para o CCP.

“Houve um aumento, mas ficou aquém das necessidades. Estamos a falar de 1,5 milhões de eleitores, espalhados por todos os países”, disse, lamentando, mais uma vez, a impossibilidade do voto dos emigrantes nas presidenciais por correspondência ou online.

As eleições presidenciais, que se realizam em plena pandemia de covid-19, estão marcadas para o próximo domingo em Portugal. Esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.

Concorrem às eleições sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).

 

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