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Componentes automóveis: a luz ao fundo do túnel?

De acordo com os dados recolhidos pela AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel portuguesa, as exportações de componentes automóveis mantêm, no mês de setembro, um registo de recuperação, atingindo os 962 milhões de euros. Este valor representa uma subida de 22,0% relativamente ao mesmo mês de 2021.

Neste terceiro trimestre de 2022, as exportações tiveram um melhor desempenho relativamente ao período entre julho-setembro de 2021, passando dos 2.082 milhões no ano anterior para os atuais 2.461 milhões de euros, ou seja, um aumento de 18,2%.

Já no acumulado até setembro, as exportações de componentes automóveis alcançaram os 7.407 milhões de euros, o que significa um aumento de 4,0% face ao período compreendido entre janeiro e setembro de 2021.

No que se refere às exportações de componentes automóveis por país, Espanha continua na primeira posição com vendas de 2.027 milhões de euros (-1,1%), seguida pela Alemanha com 1.656 milhões de euros (+13,4%). Na terceira posição continua a França, com 757 milhões de euros (-10,4%), os Estados Unidos da América estão no quarto lugar com 455 milhões de euros (+27,4%) e, finalmente, na quinta posição surge o Reino Unido, com 310 milhões de euros (-9,9%). Este top 5 de países continua a representar 70% das exportações portuguesas de componentes automóveis.

O comportamento das exportações para a Alemanha, o segundo país cliente dos componentes fabricados em Portugal, que aumentaram 13,4% relativamente aos primeiros nove meses de 2021, continua a merecer destaque positivo. No entanto, é também de destacar os EUA, que continua a ser o 4º mercado cliente das exportações de componentes automóveis produzidos em Portugal, e que registaram também um aumento de 27,4%.

De uma forma menos positiva, mantemos o destaque nas exportações para Espanha, que apesar de manter a primeira posição como país cliente dos componentes automóveis fabricados em Portugal, registaram uma queda de 1,1%, face ao acumulado até setembro de 2021. O mesmo acontece com as exportações para França, que também registaram uma diminuição de 10,4% face aos nove primeiros meses do ano passado. Neste ponto, é também de registar a queda contínua das exportações para o Reino Unido, entre janeiro e setembro, com uma diminuição de 9,9%.

É importante realçar que a indústria automóvel continua a viver uma situação complexa derivado de uma conjugação de vários fatores, com destaque para a situação geopolítica que integra a guerra na Ucrânia ou a tensão entre os EUA e a China; as disrupções nas cadeias de abastecimento; a escassez de semicondutores e outras matérias-primas; a inflação dos custos das matérias-primas, energia e transporte, entre outros. Todos estes fatores obrigam as empresas a gerir de uma forma constante toda esta incerteza, que acaba por acontecer dentro de um contexto de dupla transição – digital e energética.

Os cálculos da AFIA têm como base as Estatísticas do Comércio Internacional de Bens divulgadas a 09 de novembro pelo INE – Instituto Nacional de Estatística.

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