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Citroën C3: o utilitário do ano

Muito boa gente sempre que ouve dizer Citroen C3 automaticamente pensa num automóvel com um aspecto de “ovo Kinder” que me arrepia a espinha. Pois esta nova geração C3 quebrou todas as expectativas para melhor e foi eleito esta semana utilitário do ano.

O C3 adotou um aspeto mais jovem, radical e irreverente. Oferece agora muitas cores, muitas conjugações, um design bastante pormenorizado e elaborado e ainda um espírito bastante radical.

As luzes de iluminação diurna na dianteira dão-lhe um ar moderno e as LED na traseira optam pelo efeito 3D. Para além de toda a modernidade o novo C3 decidiu ir buscar alguns elementos ao seu irmão C4 Cactus e ressuscitar outros do antigo AX.

O design está bem conseguido, melhor do que as gerações anteriores. Só é necessário que seja tão fiável e económico como os seus antecessores, que ofereceram aos possíveis clientes do Citroen C3 a ideia de ser um automóvel “de confiança”.

Para além de ser um “carro giro” é também um automóvel bastante solido. Os “air bumps” nas portas evitam riscos desnecessários e pequenas mossas, o que a longo prazo deverá valorizar este utilitário francês.

Podemos falar também nas 36 conjugações de cores possíveis que se podem encontrar ao longo de toda a carroçaria, seja nas molduras dos faróis, nas jantes de 17 polegadas, no tejadilho ou as capas dos retrovisores.(opcionais)

Os vidros escurecidos na traseira e as proteções plásticas ao longo da carroçaria fazem parte do “look” aventureiro do novo utilitário da Citroën.

Também no interior o ambiente é bastante agradável, e pode adotar quatro combinações. O C3 tem materiais de qualidade e uns assentos que fazem lembrar o antigo Citroën AX GTi. Os puxadores das portas são totalmente invulgares e o tabliê conta com uma aplicação em pele com pesponto vermelho e com uma moldura em toda a volta que cria um contraste interessante e fora do comum. A isto juntam-se as saídas de ventilação retangulares com um estilo bastante “retro” e um volante com boa pega e poucos botões.

O espaço nos lugares dianteiros é agradável e nos lugares traseiros viaja-se à vontade. O conforto no interior é muito, como já é habito nos automóveis Citroën. A bagageira tem 300 litros de capacidade.

O painel de instrumentos é simples e claro oferecendo a informação necessária. Já o sistema de navegação e multimédia aparece num ecrã de 7 polegadas, com uma excelente imagem e navegação 3D com reconhecimento vocal, que dispõe de informações sobre o transito em tempo real, localização e preço dos combustíveis e dos parques, ou ainda a meteorologia.

Com a tecnologia Mirror Screen podemos através do Apple Carplay™, Mirror Link e Android Auto (brevemente) conectar o smartphone e as suas aplicações para as utilizar através do ecrã táctil. O sistema de navegação e multimédia permite ainda controlar a climatização e filmar as experiências de condução através de uma câmara montada no para-brisas que pode até “defender” o condutor em caso de acidente.

O novo Citroen C3 não se fica por aqui no que toca a equipamento: tem câmara de ajuda ao estacionamento, alerta de transposição involuntária de faixa e aviso de ângulo morto.

O comportamento do utilitário francês é bastante agradável e privilegia o conforto. Em curva a carroçaria adorna, mas não torna o comportamento ineficaz. A direção é direta q.b, mas já a caixa é bastante macia e tem um manuseamento “longo”.

O motor 1.2 litros de 3 cilindros turbo BlueTech com 110cv e 205Nm de binário permite ao Citroën C3 uma aceleração dos 0 aos 100km/h em apenas 10,9 segundos e uma velocidade máxima de 188km/h. Os consumos durante o ensaio rondaram os 6 litros a cada 100km. Um número que poderá baixar consoante a quilometragem.

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