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Catarina Salgueiro Maia: o meu pai não queria tachos, queria pôr o país no mapa

Catarina Salgueiro Maia, filha do capitão de Abril Fernando José Salgueiro Maia, disse esta quarta-feira, em entrevista à Rádio Comercial no âmbito das comemorações dos 50 anos da Revolução dos Cravos, que o seu pai, quando participou no 25 de Abril, “não queria tachos”, mas sim “pôr o país no mapa”.

Em pleno Aeroporto de Findel, no Luxemburgo, país onde se encontra há vários anos radicada, Catarina Salgueiro Maia entrou em direto na emissão da Rádio Comercial, liderada pelo diretor, Pedro Ribeiro, que aproveitou a oportunidade para se congratular com a oportunidade: “[A presença de Catarina Salgueiro Maia na emissão] é muito importante, sobretudo para nós. Temos muitos anos desta vida da rádio, já fizemos muitas entrevistas, mas acho que falo por todos [quando digo que] falar com a filha de Salgueiro Maia é algo muito particular, muito especial”, frisou.

Sobre o papel de Salgueiro Maia na revolução de 1974, Catarina Salgueiro Maia foi perentória: “O meu pai não participou no 25 de Abril para ter proveitos do que quer que seja. Ele próprio dizia, e os amigos próximos do meu pai sempre o disseram… Ele fez o 25 de Abril porque estava cansado de ver famílias a perderem filhos, a perderem maridos, irmãos numa guerra com a qual não tinham nada a ver”.

Nas palavras da sua filha, o capitão, na altura com 29 anos, “estava cansado de ver pessoas a sofrer, de não haver liberdade para estar sequer a conviver no café com amigos”.

“O meu pai não queria tachos. Ele simplesmente queria que o país tomasse um rumo. Quando eles fizeram o 25 de Abril, foi para pôr o país no mapa”, rematou.

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