Carlos Leitão e Lenita Gentil em digressão na Áustria
O músico e fadista Carlos Leitão, que no final deste mês inicia uma digressão pela Áustria, disse à Lusa que “o fado está a tornar-se uma disciplina habitual nas salas de concertos”.
Na digressão por doze cidades austríacas, Carlos Leitão, que se acompanha à viola, partilha o palco com a fadista Lenita Gentil e com os músicos Henrique Leitão, na guitarra portuguesa, e Carlos Menezes, na viola baixo.
Carlos Leitão, com três álbuns editados, o mais recente, “Casa Vazia”, em final do ano passado, realiza esta digressão pelas salas austríacas há oito anos.
“Tornou-se uma tradição, vou sempre com outra fadista e, este ano, seguindo a sugestão dos promotores austríacos, convidei uma intérprete com larga experiência e excelente presença em palco”, disse, referindo-se a Lenita Gentil, que também no ano passado editou um álbum, homónimo.
Referindo-se ao público austríaco, o músico elogiou “a forma como recebem os artistas e o respeito que demonstram”.
“Devíamos aprender com eles”, acrescentou.
A digressão começa no dia próximo dia 27, no Metropol, em Viena, e, no dia seguinte, chega ao Paradiso, em St. Polten.
Ao ritmo de um espetáculo por noite, a digressão, durante o mês de janeiro, passa por Baden, no Cinema Paradiso (dia 29), Stainach, no CulturCentrum Wolkenstein (dia 30), e Freistadt, no Verein Local-Bühne.
Os concertos de fevereiro têm início em Ried, no norte da Áustria, no KiK Kulturverein Kunst (01 de fevereiro).
De Ried, os artistas portugueses seguem depois para Graz, onde, no dia 03 de fevereiro, sobem ao palco do Orpheum. No dia seguinte, atuam no Salzburg oval die Bühne im Europarque, em Salzburgo, e, no dia 05, em Innsbruck, no Treibhausm.
Seguem depois para Dornbirn, onde atuam no Spielboden, a 06 e, no dia 07, estarão em Ravensburg, no Zehntscheuer, encerrando a digressão no Salzstadel, em Landshut, a 166 quilómetros a norte de Viena.
Sobre o seu mais recente álbum, no qual gravou “Casa Vazia”, um poema de Júlio Machado Vaz, na melodia do Fado Santa Luzia, Carlos Leitão afirmou “ser o mais bem conseguido” da sua carreira, resultado “da experiência” de cerca de dez anos.
Neste álbum, Leitão gravou uma letra de Salvador Sobral, “Dona Maria Dilema”, várias outras de sua autoria, designadamente, “As voltas do sim e do não”, e ainda “Bem ou mal”, letra e múica de Tozé Brito, e “Soledad”, de Cecília Meirelles, com música de Alain Oulman, do repertório de Amália Rodrigues.
Do alinhamento do espetáculo, durante a digressão, farão parte temas que Carlos Leitão interpretará em dueto com Lenita Gentil, que vai apresentar o seu álbum homónimo.
“Lenita”, saído em finais do ano passado, inclui fados dos repertórios de Amália Rodrigues, “Nasci Para Ser Ignorante, de Sebastião da Gama e Carlos Gonçalves, “Flor de Verde Pino”, de Afonso Lopes Vieira e C.Gonçalves, Berta Cardoso, “Tia Macheta”, de João Linhares Barbosa e Manuel Soares, e Lucília do Carmo, “Travessa da Palha”, de Gabriel de Oliveira e Frederico de Brito.
Este álbum também possui inéditos como “Lágrima”, de Roque Ferreira, e “Fado Ricardo”, de Jorge Fernando.
#portugalpositivo