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Benfica fora da Champions ao perder em Barcelona

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O Benfica foi eliminado da Liga dos Campeões de futebol, ao perder na visita aos espanhóis do FC Barcelona (3-1), na segunda mão dos oitavos de final, mostrando impotência perante a inspiração catalã.

Em Montjuïc, os anfitriões dilataram a vantagem obtida há uma semana em Lisboa (1-0) com golos do brasileiro Raphinha (11 e 42 minutos) – que se destacou na liderança dos melhores marcadores da prova, com 11 remates certeiros – e de Lamine Yamal (27).

Pelo meio, ao minuto 13, o capitão argentino Nicolás Otamendi tornou-se o mais velho a marcar pelas ‘águias’ nas competições europeias, com 37 anos e 27 dias, num momento incapaz de abalar uma exibição afirmativa e emocionalmente imperturbável do primeiro colocado da Liga espanhola, face à recente morte de Carles Miñarro, médico ‘blaugrana’.

O Benfica, bicampeão europeu em 1960/61 e 1961/62 e único clube português em prova, foi afastado nos ‘oitavos’ pela segunda vez em sete presenças e encerrou a participação nas provas da UEFA desta temporada, que lhe valerá um ‘encaixe’ de 71,8 milhões de euros (ME).

Já o FC Barcelona, detentor de cinco cetros, repete a presença de 2023/24 nos ‘quartos’, tendo pela frente o vencedor da eliminatória entre os franceses do Lille e o vice-campeão europeu Borussia Dortmund, que empataram a uma bola na primeira mão, na Alemanha.

Em relação à partida na Luz, os ‘encarnados’ lançaram o lateral-esquerdo Samuel Dahl e o médio Florentino para os lugares do castigado Álvaro Carreras e de Leandro Barreiro, enquanto Ronald Araújo substituiu Pau Cubarsí, suspenso, no eixo defensivo ‘blaugrana’.

O encontro foi precedido de um minuto de silêncio pela morte de Carles Miñarro e iniciou-se com maior objetividade do FC Barcelona, que começou a importunar Anatoliy Trubin por Yamal (seis minutos) e Robert Lewandowski (10), inaugurando o marcador logo a seguir.

Ao progredir sob a direita, Yamal tirou Florentino e Otamendi da frente na mesma finta e levantou para o segundo poste, onde Raphinha, solto de marcação, voltou a ‘faturar’ ao Benfica, tal como fez na sétima e penúltima ronda da fase de liga e na semana passada.

A equipa de Bruno Lage não demorou a ripostar, com Andreas Schjelderup a cobrar um canto na esquerda e Otamendi a igualar de cabeça, após toque ligeiro em Lewandowski.

A eliminatória voltava à diferença mínima, mas o Benfica jamais soube estabilizar-se com bola e continuou à mercê da fluidez atacante dos catalães, que viram Dani Olmo errar na resposta ao centro de Alejandro Balde (minuto 20) e Yamal a rasar a baliza lisboeta (24).

O extremo direito brilharia a caminho da meia hora, quando, na sequência de um livre de Raphinha, escapou à pressão de Tomás Araújo e bateu Trubin com uma finalização em arco de pé esquerdo, quebrando mais de um mês sem qualquer tento com o recorde de precocidade a marcar e a assistir num jogo da Liga dos Campeões – 17 anos e 241 dias.

O golpe de génio de Yamal agudizou o desnorte do Benfica, que se mostrava errático no passe e distante da intensidade sem bola do FC Barcelona, abrindo caminho para novas incursões de Raphinha (40 minutos), por cima, e de Lewandowski, detida por Trubin (41).

O antigo avançado de Vitória de Guimarães e Sporting acabaria por ‘bisar’ a três minutos do intervalo, ao dar continuidade à ‘arrancada’ pelo corredor central de Balde com um pontapé cruzado sob a esquerda, num lance validado com recurso ao videoárbitro (VAR).

Apesar de as ‘águias’ necessitarem de quatro golos para inverter a eliminatória, o figurino não se alterou no reatamento e a equipa do alemão Hans-Dieter Flick ameaçou o 4-1 por Araújo (49 minutos) e Frenkie De Jong (65), finalizando para fora uma jogada rendilhada.

A réplica do Benfica foi sempre tímida e, já depois de um tento anulado a Fredrik Aursnes por fora de jogo de Vangelis Pavlidis, só rendeu um remate do grego à figura de Wojciech Szczesny (66 minutos) e um desvio do suplente Zeki Amdouni contra Jules Koundé (86).

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