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Associação macaense lança concurso de fotografia para toda a lusofonia

A 6.ª edição do concurso de fotografia da associação de Macau Somos – ACLP quer contribuir para uma “maior compreensão das diferentes ideologias e credos” entre as regiões onde se fala português.

“A questão da compreensão está intimamente relacionada com o desconhecimento que persiste entre as diversas ideologias e credos nos países e regiões da Lusofonia. Através da fotografia, pretendemos explorar essa diversidade cultural e religiosa”, indicou a presidente da Somos! – Associação de Comunicação em Língua Portuguesa (Somos – ACLP), Marta Pereira.

Sob o tema “O Homem e o Divino”, o concurso, que arranca já na segunda-feira e decorre até 10 de março, quer “promover o diálogo coexistente entre religiões ou crenças tradicionais locais”, notou.

“As imagens devem capturar a essência da devoção, da contemplação e da profunda conexão entre a humanidade e o divino ou o transcendente”, referiu a responsável, acrescentando que “é fundamental” que os trabalhos “permitam uma contextualização histórica, refletindo as diversas influências culturais e religiosas que moldam as experiências espirituais nas diferentes regiões”.

Marta Pereira lembrou que, em Macau, “a ‘religião’ mais praticada é o budismo, frequentemente associado a elementos de outras crenças e filosofias tradicionais chinesas, como o confucionismo e o taoismo”. Também há uma forte presença do “cristianismo, trazido para Macau por missionários católicos e protestantes”.

“Se olharmos para o Brasil, o candomblé, uma religião de origem africana, baseia-se na adoração da natureza e da sua alma, sendo, por isso, considerada anímica. Em Timor-Leste, a população ainda se mantém enraizada no culto dos antepassados e na crença em espíritos”, exemplificou.

O concurso, define o regulamento, destina-se “a todos os cidadãos dos países e regiões da Lusofonia ou residentes de Macau” com trabalhos realizados em Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Goa, Damão e Diu.

A avaliação das obras candidatas cabe a um júri presidido pelo fotojornalista português radicado em Macau Gonçalo Lobo Pinheiro e que conta ainda com António Leong (Macau), Samba M. Baldé (Guiné-Bissau) e José Sena Goulão, Reinaldo Rodrigues e Alexandre Coelho Lima (Portugal).

Às três imagens vencedoras vão ser atribuídos prémios no valor de dez mil patacas (1.206 euros), sete mil patacas (844 euros) e cinco mil patacas (603 euros), podendo ainda ser conferidas menções honrosas. Além do prémio pecuniário, o primeiro lugar vai ser contemplado com a viagem e estadia em Macau – caso não resida no território -, para participar na cerimónia de inauguração da habitual exposição da Somos – ACLP, a ser organizada ainda este ano, e em ‘workshops’ organizados localmente.

Além das imagens vencedoras, completam a exposição outras fotografias selecionadas pelo júri “pela sua relevância ou valor” para o tema do concurso e para “o propósito da associação de projetar a dimensão cultural da Lusofonia, assim como o papel de Macau enquanto plataforma que une a China e os países/regiões de língua portuguesa”, lê-se num comunicado da associação.

O regulamento do concurso pode ser consultado no site da associação.

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