Antero Barbosa: Fafe deve à emigração muito do que é hoje

“No século XIX foi a emigração para o Brasil que deu a Fafe as casas apalaçadas, depois, nos século XX e XXI, a emigração para a Europa”, explicou Antero Barbosa, Presidente da Câmara de Fafe, em Deuil-La Barre, pequena localidade a norte de Paris, que acolheu a primeira festa organizada pela Associação dos Fafenses de França.

“Contamos com os nossos emigrantes que são cidadãos de Fafe, apesar de estarem a viver fora da sua terra Natal”, declarou o autarca, insistindo na importância de criar uma rede de fafenses no mundo, que pode ser de mútuo interesse, até porque “haverá fafenses de relevo nas suas comunidades”. O município de Fafe quer ser facilitador também de negócios e, considera a possibilidade de avançar com pactos de amizade- ou mesmo geminações – com terras onde existem comunidades oriundas de Fafe.

“Fafe é do tamanho do mundo”, insistiu Paula Nogueira, vereadora responsável pelas relações internacionais e cultura. Para a autarca, o mapeamento dos fafenses é a melhor forma de estreitar laços com as comunidades, mas também é fundamental “esta presença, junto dos emigrantes, como forma de lhes agradecer o amor à terra”.

Muriel Scolan, “maire” de Deuil-La Barre, recordou a importância dos portugueses na sua comuna, enquanto que o seu adjunto, Slimann Tir, insistiu na perfeita integração dos portugueses em França: “aqui são franceses e em Portugal, são portugueses”, afirmou.

Carlos Pires, o dinamizador da ideia da Associação dos Fafenses de França, estava visivelmente satisfeito com este primeiro evento, prometendo que a estrutura que dirige se propõe lançar novas festas noutras cidades franceses, “porque há fafenses em todo o país”. Este primeiro jantar, em Deuil-La Barre, contou com a presença, além de Carlos Pires, dos DJs Jolyver, Ribeiro e Sérgio.

Dia 17 de maio, na Suíça, dois outros fafenses organizam, em Grandson, uma nova festa que já está com lotação esgotada. Uma ideia que surgiu quando “um fafense estava a cortar o cabelo a outro“.

A representação do município de Fafe fez-se acompanhar de alguns empresários, nomeadamente do setor vinícola, da doçaria e do imobiliário, já que Fafe esteve presente este fim-de-semana também na feira de Nanterre, onde Antero Barbosa reconheceu que este é uma “oportunidade única de promoção e afirmação de Fafe e dos seus produtos locais, bem como de confraternização e convívio junto da diáspora fafense e portuguesa, da comunidade francófona e restantes municípios portugueses participantes.”