Debruça-te no mar que me percorre…
Em sua inclinada longitude…
Em seu vai-vem que vive, expande e morre
No sopé da escarpa hirta…rude…
Ver-me-ás rendido a ti – não sobranceiro-
A ti que és minha escarpa preferida
O poiso a que me acolho derradeiro
Na entrega perseverante de uma vida.
Eu sou o que escolhi. Tu a escolhida!
E como mar que sou quanto podia
Tomar a esmo rumo ou saída.
Mas não que só a ti é que eu queria!
E foi o tempo a dar-me cobertura
Eu a minar a escarpa. Ela a ceder.
A mansidão roendo a rocha dura
E o nosso amor a dois a acontecer!
Luís Gonzaga (28/08/2017)
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