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Ambições portistas bateram nos ferros da baliza do Inter

© Lusa

O FC Porto despediu-se da edição 2022/23 da Liga dos Campeões, ao empatar 0-0 na receção ao Inter Milão, da segunda mão dos oitavos de final, cedendo com infortúnio nos ‘descontos’ ao expectável futebol especulativo italiano.

No Estádio do Dragão, no Porto, os campeões nacionais encontraram soluções coletivas para reagir às ausências dos habituais titulares Pepe, Otávio e João Mário, mas sem terem a frieza necessária para inverter a desvantagem mínima trazida de San Siro (0-1).

As melhores ocasiões apareceram, porém, apenas em tempo de compensação, quando Dumfries inviabilizou em cima da linha de golo um pontapé de Marcano (90+5 minutos), para, na jogada subsequente, Taremi acertar no poste direito e Grujic cabecear à barra (90+6).

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O golo solitário concretizado pelo belga Romelu Lukaku em Milão revelou-se fatal para o FC Porto, que voltou a ‘cair’ nos ‘oitavos’ cinco anos depois e deixou ‘voar’ 10,6 milhões de euros (ME), para culminar a caminhada na ‘Champions’ 2022/23 acima dos 61,2 ME.

A eliminação do vencedor da prova em 1986/87 e 2003/04 impediu Portugal de ter pela primeira vez dois clubes nos ‘quartos’, cujo sorteio decorre na sexta-feira, em Nyon, na Suíça, estando a representação lusa entregue ao Benfica, líder isolado da I Liga.

Além das ausências esperadas de João Mário, por lesão, e de Otávio, castigado, Sérgio Conceição enfrentou a indisponibilidade física de última hora do capitão Pepe, que nem sequer constou da ficha de jogo, para apostar em Fábio Cardoso, Stephen Eustáquio e Evanilson em relação ao ‘onze’ inicial apresentado na primeira mão, em 22 de fevereiro.

Dois ‘tiros’ de longe de Uribe (três minutos) e Eustáquio (19), ambos sustidos por André Onana, frisaram uma entrada pressionante dos anfitriões em busca de um golo precoce, intenção contrariada pela postura conservadora do Inter Milão no seu tradicional ‘3-5-2’.

Com Denzel Dumfries a render Milan Skriniar, encaminhando Matteo Darmian para o trio de centrais, o conjunto de Simone Inzhagi foi jogando com a vantagem na eliminatória e apanhou o FC Porto em contrapé aos 22 minutos, com Diogo Costa a travar Edin Dzeko.

Os ‘dragões’ ficaram avisados para o cinismo transalpino e refrearam o ímpeto ofensivo, gerando desequilíbrios a partir dos flancos, com Taremi a chutar ao lado sob a esquerda (28 minutos) e Eustáquio a chegar atrasado ao cruzamento de Pepê pela direita (45+3).

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Sem modificações no padrão de jogo, a resistência ‘nerazzurra’ continuou a arrastar-se depois do intervalo e Uribe voltaria a arriscar de fora da área para impulsionar a ousadia ‘azul e branca’ (48 minutos), tal como tentou Barella na metade oposta do relvado (52).

Sérgio Conceição recorreu ao banco para introduziu os atacantes Danny Loader e Toni Martínez, mas a proximidade do apito final criou inquietação no FC Porto, que viu Onana encaixar um ‘disparo’ de Grujic (76 minutos), enquanto Çalhanoglu atirou por cima (77).

Skriniar, Brozovic e Lukaku foram os suplentes de ‘luxo’ lançados pelo Inter Milão, que precisou de sofrer nos ‘descontos’, apesar de as bancadas esgotadas do recinto ‘azul e branco’ terem substituído três gritos iminentes de golo por outros tantos falsos alarmes.

Essa tripla ocasião de Marcano, Taremi e Grujic bastaria para forçar o prolongamento, mas significou o fim do ‘sonho’ dos anfitriões, que acabaram em inferioridade numérica, devido à expulsão com duplo cartão amarelo de Pepê (90+7), e reeditaram a eliminação de 2004/05 nos ‘oitavos’ frente ao campeão continental de 1963/64, 1964/65 e 2009/10.

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