A polícia da Guiné-Bissau denunciou esta semana um caso de um adolescente que, alegadamente, simulou o próprio rapto para extorquir dinheiro ao pai.
De acordo com Agostinho Djatá, diretor do Departamento de Informação Policial e Investigação Criminal (DIPIC), o jovem, de 15 anos, vivia com os pais na ilha de Urakan, nos Bijagós e, na semana passada, ao deslocar-se a Bissau, simulou que teria sido raptado.
A ação, segundo Djatá, contou com a ajuda de um outro jovem de 19 anos.
Citado pela radio Sol Mansi (da Igreja Católica guineense) o responsável da polícia explicou que teria sido o outro jovem a contactar o pai do suposto raptado para o informar que os autores do crime estavam a exigir dinheiro para a libertação do menor.
“Ligou ao pai para informar que o filho foi raptado e que só será libertado após o pagamento de 750 mil francos CFA (cerca de 1145 euros)”, disse Agostinho Djatá.
Daquele valor, os supostos autores baixaram até fixar o preço do alegado resgate do menor em 300 mil francos CFA (cerca de 458 euros), indicou ainda Djatá.
Após as diligências para descobrir os criminosos, a polícia acabou por descobrir, no passado dia 26 de julho, que tudo se tratava de um ato combinado com o envolvimento do adolescente e que o dinheiro seria recebido por um homem de 25 anos.
Os três alegados envolvidos no caso encontram-se detidos.