O PS/Açores perdeu este domingo pela primeira vez, desde 1996, as eleições legislativas regionais, ao eleger 23 deputados, quando a coligação PSD/CDS-PP/PPM elegeu 26 parlamentares da Assembleia Legislativa.
Nas eleições antecipadas para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, hoje realizadas, a coligação PSD/CDS-PP/PPM elegeu 26 dos 57 deputados, ficando a três da maioria absoluta, enquanto o PS obteve 23 mandatos.
O Chega conseguiu eleger cinco deputados, e o Bloco de Esquerda, a Iniciativa Liberal e o PAN elegeram um deputado cada.
O PS vencia as eleições legislativas regionais nos Açores desde 13 de outubro de 1996, ano em que foi eleito, sem maioria absoluta, Carlos César, que interrompeu então um ciclo vitorioso do PSD de Mota Amaral desde as primeiras eleições regionais (em 08 de setembro de 1976).
O PS/Açores venceu as eleições em 2020, embora não tenha conseguido governar porque perdeu a maioria absoluta, surgindo a coligação pós-eleitoral de direita, suportada por uma maioria de 29 deputados após assinar acordos de incidência parlamentar com o Chega e a IL (que o rompeu em 2023). PS, BE e PAN tiveram, no total, 28 mandatos.
O PS tinha uma maioria absoluta desde 2000, renovada nos escrutínios de 2004, 2008, 2012 e ainda em 2016, ano em que obteve 30 mandatos.
Vasco Cordeiro, o atual líder do PS/Açores, sucedeu a Carlos César e foi eleito presidente do Governo regional pela primeira vez em 06 de novembro de 2012.
A coligação PSD/CDS/PPM venceu hoje as eleições legislativas açorianas, mas ficou a três deputados da maioria absoluta, num sufrágio que deixou o parlamento regional com as mesmas oito forças políticas.
De acordo com os dados provisórios disponibilizados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, a coligação PSD/CDS/PPM, que governa a região desde 2020, conseguiu 42,08% dos votos e 26 lugares no parlamento regional, constituído por um total de 57 deputados.
Em 2020, o PS venceu, mas perdeu a maioria absoluta, surgindo a coligação pós-eleitoral de direita, suportada por uma maioria de 29 deputados após assinar acordos de incidência parlamentar com o Chega e a IL (que o rompeu em 2023). PS, BE e PAN tiveram, no total, 28 mandatos.
Nas eleições regionais existe um círculo por cada uma das nove ilhas e um círculo regional de compensação, reunindo este os votos que não forem aproveitados para a eleição de parlamentares nos círculos de ilha.
Eis a lista de eleitos, segundo os resultados divulgados pela Direção Regional de Organização e Administração Pública:
PSD/CDS/PPM – 26 MANDATOS:
SÃO MIGUEL: José Manuel Bolieiro, Sofia Ribeiro, José Cunha Simões (independente), Maria João Carreiro (independente), Jaime Vieira, Maria Eugénia Leal, Flávio da Silva Soares, José Machado, Délia Melo, José Leal
TERCEIRA: António Ventura, Artur Lima, Mónica Seidi, Paulo Gomes, Rui Espínola
FAIAL: Luís Garcia, Maria de Matos
SANTA MARIA: Carlos Rodrigues
PICO: José Soares, Duarte Freitas
GRACIOSA: João Bruto da Costa, Adolfo Vasconcelos
SÃO JORGE: Catarina Cabeceiras (independente), Paulo Silveira
FLORES: Bruno Belo
CORVO: Paulo Estêvão
PS – 23 MANDATOS:
SÃO MIGUEL: Vasco Cordeiro, Cristina Calisto, Pedro Melo, Marlene Damião de Medeiros, André Franqueira Rodrigues, Sandra Dias Faria, Carlos Rego Silva, Gualberto Rita
TERCEIRA: Andreia Cardoso, José Toste, Berto Messias, Marília Vargas
FAIAL: João Azevedo Castro, Lúcio Rodrigues
SANTA MARIA: João Vasco Costa, Joana Pombo Tavares
PICO: Mário Tomé, Marta Matos
GRACIOSA: José Ávila
SÃO JORGE: Maria Isabel Teixeira
FLORES: José Eduardo, Dora Valadão
CORVO: Lubélio Mendonça
CHEGA – CINCO MANDATOS:
COMPENSAÇÃO: Hélia Cardoso, José Machado Sousa
SÃO MIGUEL: José Pacheco, Olivéria Cabral dos Santos
TERCEIRA: Francisco Lima
BE – UM MANDATO:
COMPENSAÇÃO: António Lima
IL – UM MANDATO:
COMPENSAÇÃO: Nuno Barata
PAN – UM MANDATO:
COMPENSAÇÃO: Pedro Neves