À beça dizem-nos todos os indicadores e a Comunicação Social que Felgueiras, inserida numa região que esconseia com outras sub-regiões difusas, o ensino e a cultura não vingam…
É assunto exaurido porque somos economicamente das regiões mais favorecidas do país. Matéria antiga que se recuarmos muito mais no tempo, os filhos dos industriais de calçado trocavam com facilidade o ensino e, ou, o estudo, para se dedicarem à fábrica e poderem mover-se com o automovelzinho.
Para acompanhar este modo de vida, a fuga ao ensino de grande parte da juventude em geral, fazia com que Felgueiras fosse um paradigma nesta tendência das regiões mais desenvolvidas economicamente. A qualidade de vida não acompanhava a cultura.
São fastidiosos os exemplos.
Ante situações desagradáveis quando nos deslocávamos país adentro, especialmente na área da cultura, que porra… era ruim. A conotação era mesmo impalatável.
Há dias a Comunicação Social dava conta de mais matéria deste jaez nesta Sub-Região do Tâmega e Sousa, e Vale do Ave, – que nos acompanha na indústria, ainda que na área de têxteis. Fala-nos da não cultura e desintegração ao pior nível que em localidades amplamente desfavorecidas a todos os níveis no país.
Isso reflecte-se na qualidade de vida em termos gerais. Nada novo. Como digo, difícil de deglutir.
Agora começamos a não ficar tão sozinhos.
É o Público que dá nota na peça “Aqui nunca estamos sozinhos” referindo-se à Escola Básica e Secundária de Felgueiras. E diz que “esta é a primeira escola pública no ranking dos “percursos directos de sucesso” no secundário”.
Ante relações quase familiares com equipas de professores que dedicam um tempinho extra, e assim acompanham alunos que não teriam tanto sucesso a sentir-se – a estar, de facto, ao nível de todos os demais.
Ora isto… é sucesso para Felgueiras.
Digamos que deliberadamente escrevi primeiro de Felgueiras. Mas não fosse o meu safado orgulhozinho de de felgueirense inveterado dizia que é sucesso dos professores, comunidade e escolas assim.
O caminho é adiante.
P S: Recentemente a Escola Secundária de Felgueiras fora notada pela inovação dos toques serem musicais.
Mário Adão Magalhães
(Não pratico deliberadamente o chamado Acordo Ortográfico)