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A malvada

Cruzei essa malvada 
E nem sabia o que lhe dizer 
Nunca me deixa na minha paz interior
Gosta de me assediar 
De me ver duvidar de mim mesma 
A malvada é assim 
Está sempre a desafiar-me 
Eu gostaria tanto de me ver livre dela 
Mas matá-la seria eu mesma morrer 
Então fico ali, sentada na cadeira daquela esplanada 
A procurar soluções, rumos ou outros planetas 
Seria bom poder emigrar para um mundo paralelo 
E ir viver sem a malvada 
Ai, que seria eu, sem ti, malvada? 
Onde iria parar toda a minha evolução? 
Que faria eu de todas as minhas lutas sem a malvada? 
Sem ela, estas deixariam de existir 
Silêncio… 
Levanto-me, deixo o dinheiro do café na mesa 
e uns trocos de gorjeta 
Já é tarde, vou para casa 
Deito-me agora e vezes sem conta 
nestes lençóis de cetim e respiro a fundo: 
Esquece, Bia, dorme que o teu mal é sono 
e muitas outras carências bem mais importantes. 

BV121022

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