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Uma manhã de Primavera

Celorico de Basto é simplesmente bucólico. Verde. O verde que desde que nasci me acompanha e ainda não sei porquê nem consigo descrever, apesar de muito o desejar.

Será uma frustração quer levarei um dia (?).

Se assim for depois desta mais duas ou três completam o ramalhete ou o bouquet.

Motivo imponderado levou-me serenamente a Celorico numa agradável manhã de Maio. A vila é geminada com o Luxemburgo. Haveria dar crónica, pensei logo.

Não deixam de existir sinais da modernidade, como semáforos e passadeiras que não fazem falta, e a espera de lugar no restaurante onde até já tem o prato-do-dia, creio que por força de quem de longe vem à vila. E um quiosque.

Detive-me no quiosque onde deixei putativa amizade e me foram, por graça, oferecidas as publicações periódicas do concelho e da região.

A cordialidade, a abertura, a confidência, a franqueza instalaram-se candidamente.

Em Celorico o espaço, o tempo, a calma sobram. Estaciona-se (deverei dizer que se pára?) onde se quer, quando se quer e na disposição que se quer. Parei junto duma repartição onde fui acolhido exemplarmente.

No lugar onde cabiam dois automóveis, mas em qualquer cidade caberiam três, quando vou para sair, uma senhora no automóvel que se aproximou deteve-se. Admirado porque havia lugares, a senhora com a calma de quem respira ares minhotos, nas faldas do Marão, quis estacionar no(s) espaço(s) que deixei.

Também nesta repartição me fora franqueada e oferecida a imprensa concelhia e regional não tanto pela actualidade, mas para conhecer os títulos – títulos, impõe-se agora explicar, designa o título do jornal, não as gordas. Consequência de um desígnio que cedo me norteou: a Comunicação Social local ou regional.

O Presidente da República não é tão conhecido ali senão depois da sua notoriedade mediática, aonde acabou por ser presidente da Assembleia Municipal e benemérito da biblioteca municipal que tem o seu nome.

Vestígios de antepassados são quase inexistentes nem memória de por ali ter vivido no antanho.

Em Celorico há o risco de perguntar informações à mesma pessoa duas vezes! Tal já me acontecera há muitos, muitos anos mas noutra região: Arganil e arredores.

Arganil para mim representa aquela zona da Cova da Beira, porque não sei geografia.

Mário Adão Magalhães

(Não pratico deliberadamente o chamado Acordo Ortográfico)

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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