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Pianista portuguesa Marta Menezes conclui digressão na China

A pianista portuguesa Marta Menezes terminou este fim de semana uma digressão por seis cidades da China, com oito concertos em dez dias, num contacto inédito com o público chinês.

“Dentro da sala de concertos, a plateia chinesa é um bocado menos efusiva. Mas, no final, há muito entusiasmo com o pianista”, descreveu à agência Lusa a artista, sobre a sua primeira digressão na China.

Marta Menezes, 29 anos, estudou licenciatura e mestrado na Escola Superior de Música em Lisboa, e tirou um segundo mestrado no Royal College of Music, em Londres.

Atualmente, frequenta um doutoramento em Música na Universidade de Indiana, nos EUA, mas continua a dar concertos, tendo atuado já em Portugal, Espanha, França, Reino Unido, Suíça, Itália, Alemanha e Cabo Verde.

Na China, Marta Menezes atuou nas cidades de Xangai, Chengdu, Chongqing, Haerbin, Tianjin e Pequim. O programa incluiu uma peça do compositor português António Fragoso, O Noturno.

“Deu-me muito gosto trazer uma peça de um compositor português para os oito concertos na China”, disse.

No país asiático, Marta Menezes ficou “surpreendida” com o tamanho dos auditórios, alguns com salas até mil lugares, e com o facto de “tão pouca gente falar inglês”.

“Para um europeu vir aqui acaba por ser complicado”, comentou.

A ligação da artista ao piano remonta aos quatro anos de idade, quando os pais a inscreveram no Conservatório de Música Jaime Chavinha, em Minde, freguesia do centro de Portugal, onde cresceu, mas foi só nos últimos dez anos que começou a desenvolver a carreira como pianista.

Questionada sobre se a vitória de Salvador Sobral, no festival da Eurovisão da Canção, pode ajudar a impulsionar os músicos portugueses, a pianista diz que pessoalmente não sente diferença, mas admite que Portugal ganhou mais visibilidade.

“Em termos de marketing, no geral, a vitória do Salvador Sobral ajuda”, diz, acrescentando ter ficado “contente, por ter sido a música que foi e por não por não termos ganho com os efeitos especiais todos e aquelas canções que, por vezes, nem são bem canções”.

Marta Menezes admite que é “difícil” viver só da música clássica, “em qualquer país”, mas que é “possível” complementando os concertos com a profissão de professora de piano.

“Eu estudo e dou aulas. Não vivo só dos espetáculos”, conta. “Isso é o que toda a gente gostaria”.

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