Um dia um Padre nosso amigo convidou-nos para ir jantar fora. Queria que conhecêssemos um Padre amigo dele. Lá fomos. Foi um jantar muito agradável, depois ainda demos um passeio a pé para digerir a excelente refeição e prolongar a conversa.

Assim surgiu uma grande amizade entre nós os quatro. Era frequente visitarem-nos em casa, encontros que eram excelentes tertúlias e que embora no dia seguinte nos custasse muito levantar, não queríamos que terminassem cedo, tal era o fantástico conteúdo da conversa. Ora falávamos de história, ora de geografia, de teologia, de psicologia ou simplesmente da vida e da família.

Lembro-me de estar a fazer pão caseiro ou bolinhos à meia noite porque não tinha mais pacotes de biscoitos ou salgadinhos na dispensa para oferecer.

O segundo padre sempre que me via cumprimentava-me assim: Olha a Santa Marta!

É muito comum chamarem-me assim porque ando sempre a correr e a fazer coisas como Marta, ao contrário de Maria. Mas pergunto-me sempre: se não fizesse aquele pão ou bolinhos à meia noite, quem o faria? Não estou também a ser boa para Jesus ao tratar bem os convidados e proporcionar momentos agradáveis a quem na Terra os representa?