Ando por aqui. Teu rasto não tem cura…
Farejo como um cão tuas pisadas vãs
Desenho madrugadas, sonhos de ternura
No transcorrer das noites o pasto das manhãs
Preguiçam meus desejos pelos valados ermos
E vai tão alto o dia que o não alcanço já
Padecem meus sentidos de frenesins enfermos
E peço-te uma esmola e o teu olhar não dá
Persisto por aqui. A solidão é tanta…
Não sei dizer-te amor porque é amor demais
Meu coração palpita, a minha alma canta
E o chilrear dos dias soletra “Nunca mais”…
E nunca mais porquê? Porque não vens tão cedo
E meu amor aumenta na proporção do medo…
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