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Moedas apela ao espírito de risco dos investidores portugueses

O comissário europeu Carlos Moedas dirigiu-se esta segunda-feira ao primeiro-ministro para dizer que já não anda com folhas de Excel no bolso, referindo-se às exigências de equilíbrio orçamental, e apelou ao espírito de risco dos investidores nacionais.

Carlos Moedas, comissário europeu com os pelouros da investigação, ciência e inovação, e que na qualidade de secretário de Estado do anterior Governo acompanhou a execução do programa da ‘troika’, falava na cerimónia de assinatura de um acordo entre a Câmara Municipal de Lisboa e o Banco Europeu de Investimento, que envolverá 250 milhões de euros, no âmbito do Plano de Investimento para a Europa.

Num discurso que se seguiu ao do presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina – que foi interrompido por uma falha técnica no som – o ex-secretário de Estado social-democrata começou por fazer alusão a uma referência irónica feita pelo primeiro-ministro, António Costa, numa anterior conferência em que estiveram juntos.

“Hoje, felizmente, não venho falar sobre equilíbrio orçamental ou reformas estruturais. Como o senhor primeiro-ministro uma vez me disse, já não venho com a folha de Excel no bolso. Venho falar de investimento, o fator que mais sofreu desde o início da crise financeira”, declarou o comissário europeu.

Carlos Moedas disse depois que a estratégia da Comissão Europeia se baseia “num triângulo virtuoso: Investimento, reformas estruturais e responsabilidade orçamental”.

“Este acordo hoje aqui assinado vai tocar na vida das pessoas”, completou, ao fazer uma série de apelo ao investimento privado e ao espírito de risco dos empresários nacionais.

“Em Portugal e na Europa precisamos de arriscar mais. Portugal está cada vez melhor no aproveitamento de fundos para a inovação por parte de pequenas e médias empresas, porque Portugal também está cada vez mais competitivo”, sustentou o comissário europeu.

Carlos Moedas referiu que há dois anos, quando assumiu funções em Bruxelas, quase não havia empresas portuguesas a concorrerem aos fundos, “até porque muitos desconheciam a existência dos instrumentos ou julgavam não terem condições de acesso”.

“Candidatem-se. Aos empreendedores digo sempre que falhar e voltar a falhar é uma parte do processo que leva depois à inovação e à criação de empresas. Os empreendedores portugueses não podem ter medo de falhar”, acrescentou o comissário europeu.

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