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Graffiters portugueses expõem nos Estados Unidos

Os ‘graffiters’ portugueses Mr.Dheo e Victor Ash participam este mês numa exposição na sede da ONU, em Nova Iorque, e num festival em Miami do movimento Street Art for Mankind, que luta contra a exploração infantil.

Os trabalhos de 15 artistas urbanos de todo o mundo, “que retratam a trágica realidade do trabalho infantil e da escravidão infantil”, estarão expostos na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) a partir de terça-feira e até ao dia 27, lê-se no ‘site’ do Street Art for Mankind (Arte Urbana para a Humanidade).

Entre os 15 há dois portugueses: Mr.Dheo, ‘graffiter’ do Porto (autor da obra na foto), e Victor Ash, de nacionalidade e naturalidade portuguesa, que cresceu em França e vive atualmente na Dinamarca. Da mostra fazem também parte Mr. Cenz e Inkie (Reino Unido), Shalak Attack (Canadá), Bruno Smoky e Binho (Brasil), KinMx (Irlanda), Magda Love e Yuhmi (EUA), Trek6 (Porto Rico), Jo di Bona, Lyes Olivier Sidhoum e Ador (França).

A peça de Mr.Dheo, uma tela de três por dois metros, “reflete a história de vida de uma rapariga de 17 anos forçada a prostituir-se”. “Tendo em consideração que o conceito se baseia na vida real dessa rapariga versus a vida que deveria ter”, Mr. Dheo fez um retrato no qual “metade da cara representa a vida/imagem real (marcas de violência física, cabelo desmazelado, etc) e a outra metade a vida/imagem que qualquer jovem com a mesma idade deveria ter (cabelo arranjado, maquilhagem, etc)”, explicou o ‘graffiter’ em declarações à agência Lusa.

Victor Ash pintou dois retratos sobre uma história que leu de uma menina indiana feita escrava. “Um dos retratos representa uma criança com parte do rosto tapado por algodão e, o outro, uma outra criança cuja cara está parcialmente escondida por livros”, contou à Lusa.

Para o último dia da mostra, 27 de janeiro, está marcada uma ‘performance’ ao vivo de oito dos 15 artistas, entre os quais os portugueses, e o leilão das obras expostas.

Esta será a primeira vez que MR. Dheo vai trabalhar em Nova Iorque. No entanto, o português já trabalhou noutros estados norte-americanos, como a Virgínia, o Kentucky e a Florida.

Além da exposição na sede da ONU, o movimento Street Art for Mankind tem planeado, para fevereiro, de 10 a 20, em Miami, a primeira edição de um festival no qual participam 30 artistas, entre estes os portugueses Mr.Dheo e Victor Ash, os brasileiros Eduardo Kobra e Ethos, a dupla iraniana Icy and Sot e o norte-americano Gaia.

O movimento tem já previstas mais quatro edições do festival, que irão decorrer em Paris, em São Paulo, no Dubai e em Seul.

A Street Art Mankind Corp, que está na origem do movimento Street Art for Mankind, é uma organização sem fins lucrativos que promove a Arte para uma mudança social.

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