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Diretor do Autódromo do Algarve considera dificil regresso da Fórmula1

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O diretor-geral do Autódromo Internacional do Algarve (AIA) considerou que “será muito difícil” reunir todas as condições para que se realize novamente um Grande Prémio de Fórmula 1 em Portugal.

“A Fórmula 1 é de facto o grande pináculo do desporto motorizado mundial, mas é muito difícil para um país com a nossa dimensão conseguir ter as condições totais para trazer a prova”, disse à agência Lusa Paulo Pinheiro.

Na opinião de Paulo Pinheiro, Portugal “está na moda, toda a gente olha com simpatia para o país, o que é agradável, mas é preciso conjugar uma série de fatores para que se consiga trazer a Fórmula 1, nomeadamente a parte financeira”.

O último Grande Prémio de F1 que se realizou em Portugal ocorreu em 1996, no Autódromo do Estoril, em Lisboa.

Segundo Paulo Pinheiro, o autódromo do Algarve tem mantido “desde há muito” conversações com a FOM (Formula One Management), empresa comercial autorizada pela Federação Internacional Automóvel (FIA) que gere os assuntos relacionados com a Fórmula 1, mas “até agora não há nada de concreto”.

O responsável do AIA disse desconhecer as origens das informações postas a circular “e que davam a entender que um grande prémio poderia ocorrer em breve”, considerando que as informações “podem ter surgido devido ao facto de ter sido renovada a homologação da pista algarvia”.

Segundo Paulo Pinheiro, foram efetuadas melhorias no circuito, de acordo com as novas regras de segurança da FIA, tendo sido renovada a homologação da pista para Fórmula 1, “melhorias que foram testadas com o acolhimento de duas equipas que escolheram o Algarve para a realização de testes”.

“Terá sido a partir daí, que o circuito voltasse a ficar nas mentes das equipas e dos pilotos e que se tenha voltado a falar da realização de uma corrida em Portugal”, destacou Paulo Pinheiro, acrescentando que “uma corrida é um trabalho difícil, que não depende só do autódromo algarvio”.

Para Paulo Pinheiro, “ainda não se passou da fase inicial, e existe um trabalho muito longo a fazer até que seja possível concretizar o sonho de trazer a Fórmula 1” para Portugal.

“Reunimos várias condições, como a pista, estacionamentos, infraestruturas e hotéis, o que faz com que a proposta ganhe valor. O Algarve é um sítio fantástico, que reúne condições para receber uma corrida, mas há 15 países a disputarem uma prova. Daí ser um processo complexo, trabalhoso, mas mantemos a esperança de um dia conseguirmos trazer a Fórmula 1”, destacou.

Paulo Pinheiro disse ainda que a prova rainha do AIA continua a ser o Mundial de Superbikes, que regressa ao circuito algarvio, com a realização da 10.ª ronda do mundial, entre 15 e 17 de setembro, depois de um ano de ausência devido a dificuldades económicas.

“Para nós é muito importante termos conseguido reunir as condições necessárias para trazer novamente a prova para Portugal, depois de um interregno de um ano, devido a problemas financeiros”, sublinhou.

Paulo Pinheiro revelou que uma prova como a do campeonato do Mundo de Superbike tem um custo de cerca de um milhão de euros, “investimento que tem um retorno grande, devido à atração de turistas e apreciadores de motociclismo de todo o mundo e à promoção que faz de uma região turística de excelência como o Algarve”.

“Esperamos milhares de pessoas e até agora, e a quatro meses da corrida, está tudo a correr muito bem. Estamos satisfeitos com o ritmo das pré-vendas, existindo várias iniciativas à volta da corrida que vão integrar marcas que se têm manifestado em integrar aquela que vai ser uma grande festa do motociclismo”, concluiu Paulo Pinheiro.

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