Não sei que rumo hei-de dar a esta falta de rumo
Tão fácil seria a vida com um só rumo a tomar!
Mas tantos são os caminhos em bruma de névoa e fumo
Que mais duro é escolher do que por eles andar
Bem sei não ser de bom tom não escolher a preceito
Maior que seja a demora mais caminhos a romper!
Andar e só por andar é coisa de pouco jeito
Mais vale pois arriscar que demorar a escolher
Não sei que rumo tomar ou talvez nem haja rumo
Caminhos que só vão dar a abismos sem saída
A brumas de névoas densas em labirintos de fumo
Que são retrato fiel da ilusão que é a vida.
Luís Gonzaga (20/03/2017).