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Dakar2018: Joaquim Rodrigues quer “andar com os melhores”

O motard português Joaquim Rodrigues inicia no sábado a segunda participação no Rali Dakar, depois do 12.º lugar em 2017, e manifestou a ambição de voltar a “andar com os melhores”, ainda que o objetivo seja “terminar”.

Na primeira participação, em 2017, Joaquim Rodrigues concluiu a prova no 10.º lugar, um excelente posto de estreia, que foi depois retificado para 12.º, devido a uma penalização, algo que qualificou, na altura, como “um escândalo”.

A ideia para a classificação é “a mesma do ano passado, que é terminar todos os dias e chegar ao fim”, e, se não surgirem problemas, “em princípio já será um bom resultado”, explicou à agência Lusa.

“Toda a gente me pergunta pelo ‘top 5’ ou o pódio. No ano passado fiz uma boa corrida, se fizer outra igual, já fico muito contente. Se calhar, o ano passado o meu lugar não era aquele, consegui ser regular, tive poucas quedas, não tive problemas na moto, só isso ajuda muito”, afirmou.

Além de “evitar quedas e problemas na mota”, a estratégia passa por evitar “erros de navegação e saber gerir a corrida”, até porque, numa prova tão dura, “só chegar ao fim de cada dia já é quase uma vitória”.

“Acho que consigo andar com os melhores, mas no Dakar há tanta gente a andar bem, e tantas coisas que influenciam o resultado no dia-a-dia, das quatro da manhã ao fim da tarde, muitos quilómetros por dia”, analisou o piloto de 36 anos.

Apesar de saber que pode “andar com os melhores”, o motard admite que ainda não consegue “navegar tão bem”, mas tem ânsia de “aprender e melhorar” a cada participação, além de se habituar ao desgaste que os 15 dias de prova provocam.

“Psicologicamente, o Dakar é desgastante. Nunca passei por nada igual. Dormir três ou quatro horas, por vezes menos, trabalhar o resto do dia todo, durante 15 dias, é muito duro”, apontou ‘J-Rod’, que confessa que “o desgaste às vezes é tão grande, que o fator psicológico tem de estar muito bem para enfrentar o cansaço e as dificuldades”.

Quanto a dificuldades, Rodrigues pensa que tanto as dunas do Peru como a altitude na Bolívia, antes da entrada na Argentina, vão ser complicadas.

“Acho que vai ser tudo. O início vai ser duro, no calor e na duna, tanto para a máquina como para o piloto. Vai logo eliminar muita gente da classificação, mas depois a Bolívia, em altitude, e os desertos da Argentina, vão afetar-nos e vai ser difícil”, considerou.

O piloto de Barcelos vê o nível dos pilotos que participam a “evoluir muito” de ano para ano, com “corredores cada vez mais profissionais”.

“Dantes era mais estratégico, hoje em dia arrancam a fundo e chegam a fundo, são autênticas corridas de motocrosse, com um desgaste físico e psicológico arrasador”, comentou.

A 40.ª edição do Rali Dakar em todo-o-terreno arranca no sábado, com partida em Lima, e termina em 20 de janeiro, em Córdoba, na Argentina.

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