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Suíça

Condutor da carrinha que vitimou 12 emigrantes é julgado em junho

“A data da audiência foi fixada: vai ser a 13 de junho de 2018 em Moulins”, afirmou Antoine Jauvat, advogado do condutor que tinha 19 anos na altura do acidente.

O advogado adiantou que foi rejeitado o pedido de modificação do controlo judiciário do seu cliente para que este pudesse esperar em Portugal a data do julgamento.

“Fizemos um pedido de modificação do controlo judiciário do meu cliente para que ele pudesse ter a autorização de voltar para a casa dos pais enquanto aguarda o processo e para que não esteja sozinho à espera. Atualmente ele está em liberdade mas não pode sair de França. O meu pedido foi indeferido”, declarou.

Antoine Jauvat acrescentou que o português “está há dois anos em França, longe da sua família“, que “teve cinco vezes autorização para ir a Portugal em curtas estadas” e que “sempre voltou para França e respeitou o pedido” pela justiça.

O jovem, que trabalha numa empresa de construção civil em França, está sob controlo judiciário com a “obrigação de ficar em França, de seguir um tratamento psicológico e de se apresentar uma vez por semana no posto de polícia para assinar um documento e mostrar que continua no país”.

O advogado precisou, também, que “nada impede que se faça um novo pedido para uma curta estada” em Portugal antes de 13 de junho.

As 12 vítimas mortais, com idades entre os 7 e os 63 anos, viviam na Suíça e deslocavam-se a Portugal numa carrinha de seis lugares que embateu frontalmente com um veículo pesado na Estrada Nacional 79, na localidade de Moulins, um troço da RCEA (Estrada Centro Europa e Atlântico), conhecida por ser uma estrada perigosa.

A 8 de janeiro de 2017, também na Estrada Nacional 79, na direção Mâcon-Moulins, o despiste de um autocarro com 32 passageiros portugueses provocou quatro mortos, três feridos graves e 25 ligeiros. A RCEA é conhecida como “a estrada da morte” e foi classificada como “a estrada mais perigosa de França” pelo jornal Libération, em fevereiro do ano passado, numa reportagem que revelava que o tráfego é de “10 mil veículos por dia, 40% são veículos pesados”.

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